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CALÍGULA: Poder e luxúria na antiga Roma 
Suetônio

Caio Júlio César Augusto Germânico, também conhecido como Calígula, foi um jovem imperador romano que ficou notoriamente reconhecido pelo seu comportamento insano, pela luxuria, e pelo poder abusivo  como comprovam seus atos, registrados por historiadores de sua época. Calígula foi o terceiro membro da dinastia Júlio-Claudiana, iniciada por Augusto e  foi imperador romano desde o ano 37 até ao seu assassinato, em no ano de 41, aos 28 anos de idade. Preparado desde jovem para o poder, Calígula era culto, falava grego, conhecia filosofia e história e dominava a arte da retórica, todavia ficou conhecido pela sua natureza extravagante. Calígula sentia prazer em chocar as pessoas e mostrar o seu poder ilimitado. Dividia o seu leito com qualquer mulher, ou homem, que desejasse e frequentemente, em busca de aventura ou alívio, costumava sair disfarçado do palácio e se dirigir aos locais mais sórdidos de Roma. Seu tempo no poder foi curto em relação a outros césares, mas certamente os Romanos não se sentiram entediados neste período. Tampouco o leitor que, nesta obra narrada pelo grande historiador romano Suetônio, poderá conhecer esse controverso personagem histórico conhecido como Calígula.

Sobre o autor

Caio Suetónio Tranquilo foi um importante historiador da Roma antiga, nasceu no ano 69 e morreu no ano 141, em Roma, aos 72 anos.
Suetónio era um grande estudioso dos costumes de sua gente e de seu tempo e escreveu um grande volume de obras eruditas, nas quais descrevia os principais personagens da época. Foi, sobretudo, um indiscreto devassador das intimidades da corte romana, dando-nos uma visão íntima dos vícios dos imperadores e das picuinhas que dividiam a nobreza. Filho de um tribuno da décima-terceira legião, dedicou-se às armas e às letras. Escreveu as Vidas dos Doze Césares, tendo sido contemporâneo na idade adulta apenas do último de seus biografados, Domiciano. Viveu a era dos cinco bons imperadores (Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio e Marco Aurélio).