Tudo começou com uma carta despretensiosa de um jovem poeta, »iniciante de tudo», a um Rainer Maria Rilke já em pleno domínio do seu mundo poético. Ao costumeiro pedido de avaliação, algo como, »Seriam bons os meus poemas?», o poeta respondeu simplesmente que não poderia avaliar, pois que »nada está mais afastado de uma obra de arte do que as palavras de uma crítica: elas sempre terminam em desentendimentos mais ou menos desafortunados». Foi assim que Franz Xavier Kappus, o jovem poeta, não ganhou nenhuma crítica literária exclusiva, mas sim conselhos de uma sabedoria avassaladora, tão intensos e profundos que são capazes, até hoje, de abalar nossas vidas em seus alicerces mais profundos.
Durante os cerca de cinco anos em que trocaram cartas, Rilke acompanhou toda a angústia da juventude de Kappus, sempre lhe oferecendo conselhos um tanto fora do comum:
»Descubra a razão que lhe comanda a escrever, veja se ela já espalhou suas raízes pelas profundezas do seu coração, confesse a si mesmo se você preferiria morrer caso lhe fosse proibida a escrita.»
»Ser um artista significa não contar ou dar número às coisas, mas amadurecer como uma árvore, que não exaure sua seiva, e se mantém confiante nas tempestades da primavera, sem jamais temer que o verão não chegue. Ele chega.»
»Não procure pelas respostas definitivas, respostas que não lhe poderiam ser dadas, pois você seria incapaz de viver com elas. E, portanto, é este o ponto: viver tudo, viver através de tudo. Viver suas dúvidas, agora mesmo.»
»No fim das contas, isto é tudo o que se faz necessário: solidão, solidão íntima, vastidão adentro. Caminhar dentro de si mesmo sem cruzar com ninguém, por horas e horas – é isto que você precisa ser capaz de conquistar.»
(e há muitos outros exemplos aguardando a sua leitura…)
Após a morte de Rilke, o próprio Kappus tratou de editar suas cartas; e, na Introdução desta obra, nos deixou uma recomendação: »Quando se manifesta um dos grandes, que só tão raramente aparecem pelo mundo, os pequenos devem se calar, e escutar.»
O tradutor.
***
Traduzido por Rafael Arrais, que também já traduziu obras de grandes poetas, como o “Gitanjali” de Tagore e “O Profeta” de Gibran.
***
[número de páginas]
Equivalente a aproximadamente 54 págs. de um livro impresso (tamanho A5).
[sumário, com índice ativo]
— Introdução
— Primeira carta
— Segunda carta
— Terceira carta
— Quarta carta
— Quinta carta
— Sexta carta
— Sétima carta
— Oitava carta
— Nona carta
— Décima carta
— Epílogo (com a Nona Elegia de Duíno)
[ uma edição Textos para Reflexão distribuída em parceria com a Bibliomundi — saiba mais em raph.com.br/tpr ]
Durante os cerca de cinco anos em que trocaram cartas, Rilke acompanhou toda a angústia da juventude de Kappus, sempre lhe oferecendo conselhos um tanto fora do comum:
»Descubra a razão que lhe comanda a escrever, veja se ela já espalhou suas raízes pelas profundezas do seu coração, confesse a si mesmo se você preferiria morrer caso lhe fosse proibida a escrita.»
»Ser um artista significa não contar ou dar número às coisas, mas amadurecer como uma árvore, que não exaure sua seiva, e se mantém confiante nas tempestades da primavera, sem jamais temer que o verão não chegue. Ele chega.»
»Não procure pelas respostas definitivas, respostas que não lhe poderiam ser dadas, pois você seria incapaz de viver com elas. E, portanto, é este o ponto: viver tudo, viver através de tudo. Viver suas dúvidas, agora mesmo.»
»No fim das contas, isto é tudo o que se faz necessário: solidão, solidão íntima, vastidão adentro. Caminhar dentro de si mesmo sem cruzar com ninguém, por horas e horas – é isto que você precisa ser capaz de conquistar.»
(e há muitos outros exemplos aguardando a sua leitura…)
Após a morte de Rilke, o próprio Kappus tratou de editar suas cartas; e, na Introdução desta obra, nos deixou uma recomendação: »Quando se manifesta um dos grandes, que só tão raramente aparecem pelo mundo, os pequenos devem se calar, e escutar.»
O tradutor.
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Traduzido por Rafael Arrais, que também já traduziu obras de grandes poetas, como o “Gitanjali” de Tagore e “O Profeta” de Gibran.
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[número de páginas]
Equivalente a aproximadamente 54 págs. de um livro impresso (tamanho A5).
[sumário, com índice ativo]
— Introdução
— Primeira carta
— Segunda carta
— Terceira carta
— Quarta carta
— Quinta carta
— Sexta carta
— Sétima carta
— Oitava carta
— Nona carta
— Décima carta
— Epílogo (com a Nona Elegia de Duíno)
[ uma edição Textos para Reflexão distribuída em parceria com a Bibliomundi — saiba mais em raph.com.br/tpr ]
язык португальский ● Формат EPUB ● ISBN 9781526044792 ● издатель Bibliomundi ● опубликованный 2021 ● Загружаемые 3 раз ● валюта EUR ● Код товара 8449234 ● Защита от копирования Adobe DRM
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